No frio ambiente do hospital,
De minha mãe, no último leito,
Aos pés estou, com respeito,
No aguardo do alento final.
Única palavra que não tem rima,
Talvez, porquê do Todo, obra prima,
Mãe é só uma, mesmo entre todas
O ser mais terno e mãos mais cômodas.
E agora te vejo, Mãe querida
No berço da nova e eterna vida,
Onde, por certo terás guarida
Dos que te amaram nesta vida
E te antecederam na saída
Deste planeta de expiação.
Pelos meus erros, peço perdão.
Os meus acertos, obrigação…
Só amigos aqui fizeste
Felizes os filhos que criaste.
Prepara o caminho, Mãe querida
Azuleje para nós a nova vida!
Joffre Sandin
Sírio libanês, 8 de janeiro de 2020.