Desde que aqui cheguei
Pela única porta da vida,
Que nesta vida é vivida,
Em outro ser me aconcheguei…
E já senti aquela mão,
A mesma do sim e do não,
Como bálsamo me tocar
E com carinho me abençoar
Pelo caminho, todo o tempo,
Jamais chegando a destempo,
Fazendo-me sempre sentir,
Que não precisava pedir.
Mesmo assim me acostumei,
Estando longe ou perto,
Com muito prazer, é certo,
No tempo que com ela passei,
A falar com aquele coração
Que mesmo ao parar de bater
Vai comigo permanecer
Ainda que em nova dimensão.
Vá , Mamãe, vá com calma
Deixe flanar sua alma
Ao encontro do Criador,
De onde me enviará o calor
O mesmo que sempre pedi
E que toda a vida recebi
Quando, beijando sua mão,
Dizia: Mamãe, sua benção!
“Bença, Mamãe”.
Joffre Sandin