AOS MEUS IRMÃOS

Não sei como começar,

Nem, tão pouco, como falar,

Mas Deus nos deu de presente

Seu verde olhar incandescente,

Sua alegria contagiante

E seu sorriso radiante…

 

Deu-nos, também, o amor

E o carinho do seu calor,

Desde que chegamos à vida,

Carícia sempre incontida

Num coração tão imenso,

Abrigo suave, mas intenso.

 

Fomos privilegiados, é certo

Enquanto a tivemos por perto,

Mas não nos desesperemos,

Pois sabemos que a teremos

Cada vez que dela lembrarmos

E saudosos por ela orarmos.

 

Ela não nos deixou tristeza,

Somente alegria e a nobreza

De sua alma tão bela,

Que, de uma cor, fazia aquarela

Deixando pintado na tela da vida

Um grande arco-íris, nossa guarida.

 

A existência é repleta de nãos

Ela foi o sim que sempre tivemos

O apoio que sempre recebemos…

É hora de nos darmos as mãos,

E, ao lembrarmos que dela viemos,

Termos certeza de que somos irmãos.

 

A sua benção para todos, MAMÃE QUERIDA.

 

Joffre Sandin

Princeton, 15 de janeiro de 2020.

(Dia da passagem para a nova vida da CIDOCA, minha mãe)

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