INVEJA

É possível se poder saber
Se o que no coração se trás
Vendo coisas boas, aliás,
Mas que fazem no fundo sofrer,
Já que estranhas aos próprios acervos,
Qualidades e predicados alheios,
A testarem, no íntimo, os nervos,
A gerarem ciúme e receios?

Trazer uma espada no peito
Só porque seja outro o autor
Do que é belo ou que não tem defeito
Ou sucumbir à melhor aparência,
Que provoca lá dentro uma dor
Destruindo toda a paciência,
A inveja corroendo a razão
Sem amor a servir de lição…

Joffre Sandin

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