A gente tem, ao longo da vida,
Prazeres e, também, dissabores
Incontáveis ilusões, tantos amores
Surpresas às quais a vida convida.
Então, vem a benção de ter filhos
E junto, o ônus de pô-los nos trilhos,
Pois não há como alguém se furtar
Da obrigação de proteger e educar.
Ao jovem, parece longa a existência,
Que curta se revela à experiência
Trazida pelo quotidiano da lida
De uma vida intensamente vivida.
Mas, tudo passa, os filhos crescem
E, como poemas, novas vidas vêm,
Felicidade para os pais de seus pais,
A renovar o amor que na alma têm.
Não se ama mais nem menos!
Ama-se de maneira diferente.
É um amor totalmente irresponsável
E por isso muito mais agradável.
Aos pais compete sempre educar
Aos avós brincar e, às vezes, ensinar,
Sentir o imenso prazer de escutar
Vovô ou vovó, vozinhas a chamar.
Eles são a benção da ancianidade
Mesmo perto, sentimos saudade.
Donos de nossos momentos prediletos,
Como adoramos os nossos netos!
Vovô Joffre
Madrugada de 11/10/2019