A RAINHA DAS PIZZAS
(MARGHERITA)
No campo a semente,
É o trigo dourado,
Colhido por gente,
Vai ser esmagado,
Com grande carinho,
Bem lá no moinho.
Dia frio ou dia quente,
Enorme alagado,
Água fria envolvente,
Com gosto salgado,
De lá, com jeitinho,
Se extrai sal marinho.
Tem grande caroço,
De polpa coberto,
Nasceu sem pescoço,
Mas gosto bem certo,
A oliva é origem
Do azeite extravirgem.
Da fonte o fluido,
Claro e transparente,
É água e tem sido
Mais um componente,
A ligar toda a massa,
Como pão que se amassa.
E aqui, ainda falta,
Uma leve pitada,
De cana bem alta,
Folha verde e delgada,
Açúcar docinho,
Mas, só um pouquinho.
Então começamos
A pensar em recheio,
Tomate buscamos
E cortamos ao meio,
Saem pele e semente,
Com gelo e água quente.
E agora só resta
A polpa macia,
È só o que presta
Enchendo a bacia.
É este o conselho
Pro molho vermelho.
Do curral ouço o berro,
É búfala leiteira,
Tiro leite e não erro,
Na ordenhadeira.
Dali para a usina,
De queijo, é oficina.
Azeda e fermenta,
E em massa se torna,
Se esfria e se esquenta,
Água fria e água morna,
Branca e não amarela,
Surge a “mozzarella”.
Do verde da horta,
Vêm lindas folhinhas,
O cheiro é o que importa,
Das lindas plantinhas,
Manjericão o seu nome,
É o sabor que se come.
E agora chegamos
Ao toque final,
O forno bem quente
Dá o tom magistral,
Redonda e bonita…
Ai está a Margheritta.